Panorama do Mercado Imobiliário – Abril/25

Tudo o que você precisa saber sobre indicadores, economia e tendências
Abril de 2025 trouxe atualizações importantes para quem acompanha o mercado imobiliário. Neste artigo, reunimos os principais indicadores, o cenário econômico atual e as perspectivas para os próximos meses. Confira:
1. Indicadores do Mercado Imobiliário
CUB/SC: O Custo Unitário Básico (CUB/SC) fechou março em R$ 2.916,12, com variação de 0,28% no mês. Esse índice mede o custo da construção civil em Santa Catarina e impacta diretamente os preços dos imóveis novos.
IPCA: A inflação oficial do país acumulou 4,61% em 12 meses, ainda acima do centro da meta de 3,0%. Apesar de uma leve desaceleração, a inflação de serviços segue pressionada pelo mercado de trabalho aquecido.
Taxa Selic: Em decisão surpreendente, o Banco Central elevou a Selic para 14,25% ao ano, o maior patamar desde 2016. O objetivo é conter a inflação persistente e o consumo elevado diante do cenário macroeconômico desafiador.
Preço médio do m² em Itapema: De acordo com o FIPE ZAP, o metro quadrado em Itapema atingiu R$ 13.848,00 em março, com uma valorização de 10,27% nos últimos 12 meses. O mercado da cidade segue aquecido, impulsionado pelo turismo, migração e investimento externo.
2. Cenário Econômico
O mês foi marcado por uma mudança na política monetária brasileira. Com inflação acima do ideal e câmbio pressionado, o Banco Central subiu os juros para 14,25%, retomando um ciclo de aperto. A ata do Copom reforçou que ainda há riscos relevantes para a inflação e que o comitê pretende “esperar para ver” os efeitos das decisões recentes.
O mercado de trabalho continua aquecido, com a criação de 432 mil vagas formais em fevereiro e taxa de desemprego em 6,8%. Esse cenário reforça a pressão inflacionária via consumo interno.
Outro ponto de atenção é o lançamento do crédito consignado privado, que permite que trabalhadores com carteira assinada no setor privado acessem empréstimos com desconto em folha. Cerca de 90 mil contratos foram assinados em apenas cinco dias, injetando recursos no consumo de curto prazo.
No cenário internacional, Donald Trump anunciou tarifas de 25% sobre automóveis e peças, o que gerou tensão com a União Europeia e o Brasil. O objetivo, segundo ele, é proteger a indústria americana. Porém, o Fed (banco central dos EUA) alertou para o risco de aumento da inflação, o que levou à pausa nos cortes de juros.
A inflação americana segue acima da meta, com o núcleo do PCE acumulando 2,8% em 12 meses. Há ainda sinais de queda na confiança do consumidor e desaceleração da indústria, com analistas prevendo uma possível recessão nos EUA no segundo semestre.
3. Perspectivas Futuras e Impactos no Mercado Imobiliário
A elevação da Selic para 14,25% deve impactar negativamente o crédito imobiliário, tornando os financiamentos mais caros e exigindo maior capacidade de pagamento por parte dos compradores. A demanda por imóveis financiados tende a desacelerar.
Por outro lado, imóveis continuam sendo um ativo seguro, especialmente em momentos de inflação alta e instabilidade econômica. Regiões valorizadas como Itapema permanecem atrativas tanto para moradia quanto para investimentos em locação.
Com o CUB/SC apresentando leve alta e os custos de construção ainda elevados, os imóveis prontos ou em fase final de obra ganham vantagem competitiva frente aos lançamentos. Isso pode representar oportunidades para compradores atentos ao custo-benefício.
O cenário favorece o investidor que busca renda passiva com imóveis para locação, principalmente em mercados turísticos ou de alta mobilidade. Em um ambiente de juros altos, imóveis de qualidade e bem localizados seguem como porto seguro e fonte de valorização a longo prazo.