
Os principais indicadores do setor imobiliário refletem o cenário econômico atual e suas tendências:
✅ CUB/SC (Março/25): O Custo Unitário Básico (CUB/SC) ficou em R$2.907,85, com uma variação de 0,23% no mês.
✅ IPCA: A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,83%, mantendo uma pressão moderada sobre os preços no país.
✅ Taxa Selic: Atualmente em 13,25% ao ano, podendo atingir 15,50% até junho, caso a inflação não desacelere conforme esperado.
✅ Preço médio do m² em Itapema: Em janeiro/25, o valor médio foi de R$13.592,00, representando uma valorização de 9,14% nos últimos 12 meses, conforme índice FIPE ZAP.
2. Cenário Econômico
O ambiente econômico global apresentou alguma melhora para o Brasil, impulsionado pela recuperação dos preços das commodities e pelo adiamento do aumento das tarifas de importação nos Estados Unidos. No entanto, a incerteza segue alta. O Federal Reserve (Fed) deve manter os juros elevados ao longo de 2025, sem previsão de cortes, o que pode impactar fluxos de capital e volatilidade cambial.
No cenário doméstico, a economia mostra sinais mais evidentes de desaceleração. Após um crescimento de 3,6% em 2024, a projeção para o PIB de 2025 é de 2,0%, com nova redução prevista para 1,0% em 2026. A inflação continua pressionada, com projeção de 6,1% para 2025, enquanto a Selic pode atingir 15,50%, encarecendo o crédito e reduzindo o consumo.
O câmbio segue instável, com o Real projetado para fechar 2025 em R$6,20 por dólar. Apesar da menor pressão fiscal no curto prazo, a dívida pública segue crescendo, aumentando preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do país.
3. Perspectivas Futuras e Impactos no Mercado Imobiliário
O setor imobiliário segue sendo influenciado pelo cenário econômico desafiador, especialmente pela elevação dos juros e restrição do crédito. O financiamento bancário tende a ficar menos acessível, enquanto o financiamento direto com construtoras ganha mais espaço como alternativa viável.
A construção civil pode continuar enfrentando pressões nos custos dos insumos, devido à volatilidade cambial e às incertezas fiscais. Por outro lado, a busca por imóveis prontos ou seminovos deve crescer, impulsionada pela necessidade de previsibilidade financeira em um ambiente de juros altos.
O mercado de locação anual segue como um dos segmentos mais resilientes, já que a dificuldade de acesso ao crédito leva mais pessoas a optarem pelo aluguel. Para investidores, o setor imobiliário continua sendo uma alternativa sólidapara proteção patrimonial e geração de renda passiva, mesmo em um ambiente de maior volatilidade econômica.